Nascido em 1975, em São Paulo, Mauricio Mallet é artista visual. Além de seu trabalho autoral, também atua como Designer Gráfico, Diretor de Arte e Ilustrador. Percebeu seu lado artístico ainda muito pequeno. Na busca para melhorar, aperfeiçoa-se. Decide ampliar seus conhecimentos plásticos e aprofunda-se nas artes visuais, se especializando nessa área. Além de prestar serviços e vender obras de arte, também ensina, sendo professor e coordenador em artes plásticas e arte digital na Escola Panamericana de Artes e Design e na Alpha Channel, em São Paulo. Especializando-se em óleo e acrílica sobre papel, papelão e lona, por exemplo, seu trabalho se desenvolve tomando como base "figuras abstratas" criadas por silhuetas solitárias e com cores dominantes. Essas "figuras" podem estar agrupadas ou serem autônomas, porém buscam um objetivo: compartilhar. Os elementos se juntam numa forma de camaradagem "fantasmagórica", reunidos na área denominada pelo artista ou na interação entre as personagens em seus trabalhos; possibilita uma proximidade entre uns e outros. Seus trabalhos têm uma facilidade de convívio entre si, nos remetem a crianças que parecem ser adolescentes, numa maturação; ainda não estão no estágio de desconforto da adolescência, consciência de gênero, repulsão e desejo. Eles existem livremente, sem pretensão, na companhia dos outros ou sozinhos. O trabalho que o artista cria é uma lembrança de um passado compartilhado e barreiras construídas durante um crepúsculo. Em muitas vezes, deixa uma borda ao redor de suas obras ou deixa a superfície aparente para lembrar os seus espectadores que a arte é uma construção, uma maneira de controle que parece estar em desacordo com seu próprio conteúdo. Talvez a liberdade de uma infância idílica, a capacidade de amar e cuidar sem dúvida é um mito, um passado ilusório inventado por um público auto-enganador em busca de um eu melhor. Talvez a memória seja tão traiçoeira quanto o tubo de Magritte, uma irrealidade que tem pouco a ver com o passado, sendo que a pintura de um tubo teria a ver com o próprio tubo; ou talvez a imagem fosse a verdade e a análise seria a decepção.