Sandra Simonsen

Sobre ondas

Como um instante congelado no tempo, “Sobre Ondas” captura
o momento em que o corpo e a alma se deixam levar pelo movi
mento infinito do mar. Aqui, não há apenas matéria esculpida em
resina e alumínio — há o eco de um fluxo eterno.
O branco, suave e puro, é a espuma que nasce no encontro da
água com o ar. É claridade, respiro e liberdade. Sua forma
fluida evoca a sensação de flutuar, como quem se entrega à
correnteza sem resistência, confiando no destino.
O preto, profundo e intenso, é a onda em sua força bruta. Ele
carrega o peso do mistério, a energia que move o mundo sub
terrâneo das águas. É o lado oculto, a corrente invisível que
sustenta o movimento.
Entre eles, o metal surge como linha de horizonte — um
brilho que corta a cena, simbolizando o instante em que força
e delicadeza se tocam.
Nesta dança de contrastes, a obra traduz o mar não apenas
como elemento da natureza, mas como metáfora da própria vida:
ora calma, ora tempestuosa; ora clara como o dia, ora profun
da como a noite. “Sobre Ondas” não é sobre lutar contra o
fluxo, mas sobre aprender a se mover com ele.

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Resina e alumínio