Filosofia e Arte são universos que têm muitos elementos em comum. Ambos refletem a realidade em relação ao ser humano. Através de uma linguagem metafórica, abrangem também o mundo espiritual, as relações entre indivíduos e a sua interação com o mundo. A artista Ana Rocha (1978), natural de Brasília, navega entre esses dois mundos. Autodidata, Ana começou seu percurso artístico em São Paulo, onde reside há mais de 20 anos. Sua iminente formação em Filosofia completa uma veia artística em que ela se utiliza do Abstracionismo Geométrico para expressar seus conceitos e pensamentos. A origem dessa linguagem é inspirada em uma memória afetiva. Sua mãe era professora universitária de Desenho Geométrico e Geometria Descritiva. E os trabalhos dos alunos encantaram a Ana menina. Uma influência definitiva em seu trabalho. Outros elementos marcantes na obra de Ana Rocha são a coragem, a ousadia de buscar um processo de autoconhecimento cada vez mais profundo e a coerência para dizer “não” a padrões, a fórmulas prontas. Nas palavras da própria Ana, ela, que nunca coube nas “caixas”, se encontrou na Filosofia e na Arte, esferas que lhe mostraram o sentido da própria vida. Suas obras, começam a ganhar espaço na web e em exposições que revelam ao mundo um trabalho artístico elaborado, intrigante e envolvente. Onde percebemos que linhas ascendentes e descendentes retratam nossa própria trajetória, com seus altos e baixos. A sucessão de tons, como as estações do ano, define o ritmo, a cadência, fazendo com que o observador se identifique com formas que contam sua própria história, sua vida. Uma identificação que é a razão de ser dessa arte tão filosófica.