Antônio Filipak, 1959. FOLHEANDO: há mais de 30 anos, vendo o mundo com outros olhos. A série atual 2018, #Folheando, une três décadas de arte, com as incursões em épocas diversas na Mata Atlântica, mais precisamente na Reserva Biológica do Tinguá, considerada pela UNESCO Patrimônio Natural da Humanidade. Tinguá está localizada em Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, onde vive e produz sua arte. São obras intensas de expressiva explosão policromática, em que as folhas em decomposição de tons dourados, símbolo dessa riqueza histórica, são resgatadas, tratadas e utilizadas na composição estética. Muito se apropria do Tropicalismo, de grande ruptura estética e social, surgido no final da década de 1960. #Folheando expõe o clima de brasilidade no emprego das cores e a exuberância da floresta tropical. TEXTO CRÍTICO: “Na série dos objetos..., presenciamos o estímulo em função das proposições óticas e a partir daí a modificar ou reinterpretar sua escolha... Parte para suportes diversificados...: serragem, ferro, etc...” Proposições, Vicente de Pércia; “...Foi vasculhando os ferros-velhos, ao longo da Presidente Dutra que encontrou o material ideal para confeccionar suas obras de arte...A combinação de texturas...” Jornal do Brasil; “... Filipak trabalha dentro dos padrões "geométricos sensoriais” (para usar uma expressão quase contraditória) de um excelente artista de uma geração adiante, Manfredo de Souzanetto” Manchete, Reynaldo Roels Jr.; “Com muita garra...na sua escalada na direção dos grandes circuitos de arte, apresentando experimentos de real impacto e valor plástico” Revista Beautiful Week, George Racz; “...Trata-se de pinturas...imbuídas de uma linguagem que, ao mesmo tempo, conserva o som estridente do Rock e se organiza graças à geometria. Verdadeira erupção da matéria, que nos remete à fase mais recente de Frank Stella” Adalice Araújo, Jornal Gazeta do Povo, Paraná; “É inegável o caráter de pós-modernidade que reveste a obra de Antônio Filipak...Introduz o elemento temporal...Num contraponto evidente à pretensão do artista em resgatar o tempo anacrônico, criou estes símbolos totêmicos de nossa civilização” Nilza Procopiak (Núcleo de Semiótica do MAC, Paraná); “Filipak não pretende estabelecer ordem no caos, mas simplesmente denunciar este caos com as armas de que dispõe. A contribuição efetiva da obra está na correção do emprego da linguagem pictórica...” Harry Laus (Casa de Cultura do Museu de Arte de Santa Catarina).