A técnica que o escultor e restaurador baiano radicado em São Paulo usa é indagadora. Os seus trabalhos com resultados plásticos mais significativos ocorrem quando começa a criar formas abstratas ou aliadas a um conceito, como telas de arame cobrindo caveiras de animais ou sugerindo a presença deles. Quanto menos figurativa, a obra ganha em profundidade e em possibilidades de leituras. As sombras projetadas obtêm uma autonomia cada vez maior, sendo praticamente autônomas à construção plástica em si mesma. É nesse jogo que a quarta dimensão se instaura. Não estamos falando mais de linha, plano ou volume, mas dos diálogos entre essas instâncias. São estabelecidas assim estruturas imaginárias que demandam do espectador sensibilidade e criatividade, principais atributos mostrados por Gil Verx em cada nova criação.