"Desde pequeno, sinto o magnetismo hipnótico com o qual a poesia das esculturas me afeta, especialmente em espaços públicos. Obras que enriquecem nossa experiência existencial, demarcando momentos e memórias lúdicas que guardamos para sempre. Já no exercício profissional, como designer de mobiliário para lojas comerciais, me encantei com a versatilidade e o brilho do metal, vistoriando a montagem desses produtos nas fábricas. Aproveitando retalhos e sobras daquela linha de produção, comecei a criar painéis de parede, combinando diferentes chapas, cores e acabamentos. O trabalho evoluiu para formas tridimensionais, fixando as chapas em estruturas forjadas em barras de aço. Com solda elétrica foi possível unir os pedaços retorcidos de vergalhão e intuitivamente desenvolver estruturas que se materializam de maneira fluida e orgânica. Obras predominantemente abstratas, com influência inegável do visual lúdico retratado nas criações de Alex Calder, Franz Weissman, Miró, Kandinsky, Francisco Stokinger, dentre outros. A formalidade de projetar, com a qual eu costumava trabalhar, foi abandonada. Deixei-me levar pela incerteza das curvas do metal e surpreendi-me com a descoberta dos volumes inusitados que surgem. Sempre em busca de revelações estéticas no espaço". Selecionado pelo MUBE para a Mostra Febraban – 2004; Painéis temáticos em Aço inox para Esporte Clube Sírio-SP/2009 e 2012; Salão de Artes de Araras/2010; Design Weekend de São Paulo/2017; Exposição individual Shopping Frei Caneca/2018; Bienal Goeldi de Taubaté/2021, entre outros.