Oto Ferreira (Serrinha, 1995), tem sua pesquisa primordial voltada à madeira e sua matéria e forma, evocando aspectos do realocamento de ofícios ancestrais e suas possíveis potências práticas e ideológicas.
Matérias advindas da construção civil, podas ou aquisição comercial, tornam-se possibilidades para diversas elaborações que o artista faz, desdobrando ritmos, texturas e movimentos.
Ferreira busca, em paralelo, o desenvolver de uma crítica à ideologia hegemônica com referências ao sagrado, realizando formas e paisagens abstratas que se justapõem ao cotidiano trivial, assim como aos sagrados ensinamentos do Candomblé de nação Ketu e Jeje Mahi.
Sua produção pictórica segue tal qual a escultural, criando abstrações por meio de paisagens do cotidiano: cor, gesto e transparência. Continuando de forma assídua uma investigação sobre o viver para Òrìṣà, ancestralidade e descondicionamento de ideologias hegemônicas, ligando artisticamente a matéria hermética-escultórica ao sublime da tinta pictórica.
Entre suas coletivas estão .:Pintura:, Museu de
Arte da Bahia (2019),
8° Salão da Escola de Belas Artes, Galeria Canizares, (2019),
Encruzilhada, Mam-Bahia (2022),
Novo Lote, Mac- Ba (2024).
Residência artística Domo Damo, (2025)
Feira Latino Americana Equinox (2022)