Rita Teixeira Ramos é formada em Artes Plásticas e, desde 2014, tem manifestado de forma abstrata sua preocupação com o meio ambiente. Seus primeiros trabalhos nesse sentido retratavam o desmatamento ilegal das florestas em gravuras em metal. Atualmente, a linguagem de suas telas assenta-se no conceito do palimpsesto, a antiga técnica de reutilização de material, pergaminho ou códice, após raspagem do texto original. O termo, derivado do grego palimpsestos (palim,"de novo" e psestos, "raspar"), define a origem desta série (Palimpsesto I, II, III, IV, V, VI): as telas foram pintadas, descascadas a mão e repintadas. A primeira delas nasceu do reaproveitamento de uma tela perdida que, por economia e consciência ecológica, desencadeou um inesperado resultado. A partir de Palimpsesto I, seguiram-se as demais deliberadamente.