Silvana LaCreta Ravena é uma artista versátil que trabalha com pintura, fotografia e wearable arte. Suas pinturas abstratas utilizam técnicas como óleo, acrílica, resinas e encáustica em telas de grande formato, e colagens escultóricas que exploram as conexões entre psicologia e arte. Seus estudos fotográficos e seus backlights são inspirados pelo tema das florestas brasileiras e da visão contemporânea a respeito da inteligência das plantas. Ela também produz wearable arte, criando peças de joalheria com os fragmentos de encáustica das suas pinturas esculturais. Silvana é bacharel em psicologia pela PUC-SP, especialista em história da arte pela FAAP-SP e em arte terapia pelo Instituto Sedes Sapientiae, e mestre em teoria e crítica em artes visuais pela FASM-SP. De 2005 à 2020, ela estabeleceu seu ateliê em Minneapolis, nos Estados Unidos, onde fez diversos cursos de arte em instituições renomadas como o Warlker Art Center, mentoria com artistas do WARM group. Expôs largamente suas obras por todo os Estados Unidos durante os 15 anos que lá viveu, tendo sido representada por galerias em diversas cidades americanas, incluindo Chicago, Miami, Denver, Scottsdale e Minneapolis. Sua arte tem participado de diversas publicações de arte americanas, brasileiras e europeias, como Studio Visit, International Contemporary Masters e Art Compass. Tanto seu processo criativo como seu trabalho foram destaque na prestigiada série da da TV PBS americana "Minnesota Original", e suas obras integram coleções particulares nessas regiões. De volta ao Brasil em 2020, ela continua a ser representada por galerias e escritórios de arte em São Paulo, Porto Alegre e Minneapolis. Suas séries de pinturas, relevos e colagens abstratas exploram temas relacionados às conexões entre psicologia e arte, como, por exemplo, as dinâmicas da memória, assunto que fascina Silvana desde o tempo de sua prática clínica. Na sua pesquisa visual, ela integra elementos do seu background clinico e vários princípios de diferentes linhas de pensamento do campo da psicologia. As suas paisagens, por exemplo, são um diário de memórias vividas em suas diferentes viagens pelo mundo, enquanto seus relevos e colagens em encáustica orquestram uma arqueologia matérica intensamente influenciada por seus estudos sobre a percepção. Todo o seu trabalho é centrado na pesquisa da luz, não só como um elemento do vocabulário visual, mas também no seu sentido metafórico. Por exemplo, utilizando jogos de luzes e sombras, as séries de fotografias, backlights e cubos luminosos de Silvana enfocam a temática do meio ambiente. Através de sua poética, Silvana tenta fazer um alerta sobre a urgência de preservarmos nosso planeta, juntando sua voz à daqueles que tentam promover uma maior conscientização sobre o impacto que temos causado à nossa casa planetária. Silvana também estende suas criações à fronteira entre moda e arte. Suas coleções de joalheria contemporânea priorizam o orgânico, elegendo a cera de abelha como material precioso. Ela utiliza fragmentos das suas colagens tridimensionais em encáustica para criar peças que contrapõe resina epóxi e cera de abelha, fundindo e atachando essas formações a metais como a prata baixa e o ouro baixo, ou, por vezes, o couro vegano. Seu trabalho em encáustica é centrado na ideia de memória, e explora a nossa sensação psicológica da passagem do tempo. Por exemplo, nos relevos tridimensionais de séries como "As Pompéias" e "The Brides of Herculaneum", ela relaciona a memória histórica às dinâmicas da memória pessoal para criar uma arqueologia ficcional. Do primeiro set de aquarela que Silvana recebeu aos quatro anos de idade à dissertação que escreveu para sua última certificação acadêmica, ela traz ao seu trabalho uma combinação única de elementos artísticos, pessoais e profissionais que corporificam um território singular, onde a experiência gera matéria que convida ao espaço do sonhar.