
Seguindo os ciclos expositivos deste ícone de São Paulo, Altitude por Artefacto apresenta Contraponto Cosmopolita II. A dualidade imposta pelo tema construído para essa conexão com arte se fortalece pela profusão das diversas materialidades e suportes presentes nesse diálogo e nessa curadoria. Cada obra aqui selecionada representa uma conexão com a proposta da construtora, nos grãos da ceramista Norma Grimberg, que estiveram presentes em sua exposição Perpétuo no MON, Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, marcamos o nascimento desse irrepetível empreendimento. Na contemporaneidade proposta na obra de André Weingand, arquiteto que utiliza azulejos vindos de rejeitos de obras e latão, materiais presentes na construção civil, identificamos uma interação umbilical com o projeto. A ousadia da pesquisa de Cecilia Costa, artista portuguesa que utiliza o carvão, material fundamental para a produção de cimento, um do principais componentes do concreto e também utilizado na produção de aço, e, em conjunto com a fita crepe, material banal, provocam a reflexão sobre a fragilidade e finitude. A coletiva marca com imponência nome fortes nas principais feiras nacionais, como SP-Arte e ArtRio, assim como importantes centros de cultura e arte, e também presentes na cena internacional, como é o caso do artista Tom Fecht, fotógrafo que traz em sua obra uma pesquisa profunda sobre a expansão da imaginação pela engenharia e cibernética, temas de seu mestrado na universidade de Columbia, em NY. Questionamentos entre materialidades, espiritualidade e psicologia são facetas de uma atmosfera criativa, sensível e sofisticada. A exposição instiga visitantes e amantes de arte ao sublime prazer de uma nova forma de bem estar. Sintam a completude de um ambiente onde a arte é protagonista.